ATENÇÃO - ESTE ARTIGO NÃO DEVE SER REPRODUZIDOS SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA.
Em busca da história da imigração alemã no Rio Grande do Sul, o turista mais desavisado pode acabar no centro de Gramado, admirando prédios construídos a menos de uma década em estrutura de concreto. Já na pequena cidade vizinha, Santa Maria do Herval, a história se mostra teimosamente preservada – apesar de não haver nenhum dispositivo legal pela proteção do patrimônio.
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A tranquilidade de um domingo em Santa Maria do Herval, chamada de Teewald no dialeto local(foto: Jorge Luís Stocker Jr)
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Santa Maria do Herval está incluída na Rota Romântica. Apesar disso, não conta com qualquer estrutura turística. Pontos de interesse existem: são diversas casas enxaimel originais espalhadas pelo município e suas localidades. O problema, porém, é o de sempre. Não existe vontade política para efetivar o tombamento, ou para motivar a revitalização e restauro dessas construções.
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Casa de comércio, num estilo eclético típico da imigração alemã. O fechamento dos vãos seria facilmente reversível, num programa de revitalização dos prédios históricos. (Foto: Jorge Luís Stocker Jr.)
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Isso, trocando em miúdos, mostra o despreparo da cidade em receber turismo e mesmo em preservar seu aspecto de cidade histórica da imigração alemã. Hoje, o turista pode passear por lá e se encantar com as casas em técnica enxaimel originais da imigração. Porém, quando voltar trazendo alguém junto para ver, pode não mais encontrar as mesmas construções. Afinal, nada garante a sobrevivência desse patrimônio.
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Caso interessante de residência em técnica enxaimel (rebocada), e anexo em alvenaria com telhado de quatro águas (Foto: Elis Regina Berndt)
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Apesar disso, a cidade preserva em sua área urbana alguns interessantes exemplares, a grande maioria tendo ainda hoje uso residencial. É interessante ver essas casas centenárias sendo utilizadas normalmente até hoje. Felizmente, não há na área urbana nenhuma casa abandonada.
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Casinha enxaimel com uso residencial, na área urbana do município. (Foto: Elis Regina Berndt)
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O dialeto Hunsrückisch
O mais interessante, porém, é o patrimônio imaterial do local. A língua oficial parece ser o dialeto Hunsrückisch (relativo a região do Hunsrick, de onde vieram os imigrantes alemães que se estabeleceram neste local a partir de 1854). É muito interessante caminhar pelo local e ver conversas em alemão dialeto acontecendo aqui e ali, algo em extinção nas antigas colônias mais desenvolvidas nos dias atuais, como Novo Hamburgo.
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Conjunto enxaimel construído em duas etapas, com uso residencial. (foto: Elis Regina Berndt)
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Divertido também, é entrar nas casas de comércio da região. Tudo que você perguntar, será provavelmente respondido em alemão, até que você informe que não domina o dialeto. Apesar de muito desconfiadas, após apresentações as pessoas se tornam muito receptivas.
Os olhares curiosos são frequentes, já que a quantidade de turistas que passam pela cidade ainda é quase nula, e os poucos que passam por ali dificilmente descem do carro para conhecer melhor o local.
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Relíquias Históricas
As duas grandes relíquias históricas da cidade são a Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora, e o casarão enxaimel que abriga o Museu Histórico da cidade.
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A igreja de Nossa Senhora Auxiliadora destacando-se na paisagem local (Foto: Elis Regina Berndt )
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A igreja foi construída em 1909 e complementada em 1935, no belíssimo estilo neogótico. A impressão é de realmente estar visitando um templo na Alemanha rural, tal a precisão e o cuidado com o uso das formas históricas. A surpresa fica por conta do interior, onde se teve o cuidado de construir naves laterais e falsas abóbadas. As inscrições em alemão ajudam a construir este clima.
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O interior da igreja. Numa das abóbadas, lê-se a inscrição em alemão “Maria Mit Dem Kinde Liebe Uns Allen Deinen Segen Gibt” (Foto: Elis Regina Berndt)
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Destaca-se ainda o trabalho de marcenaria dos altares e púlpito, também com formas neogóticas. Nos altares, encontram-se três imagens trazidas de Munique (Alemanha), em 1870.
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Museu Municipal (foto: Jorge Luís Stocker Jr)
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Já na entrada da cidade, um casarão antigo chama atenção na paisagem da cidade. Trata-se do Museu Histórico Municipal, instalado no antigo casarão construído totalmente em técnica enxaimel de influência vestfaliana.
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Texto: Jorge Luís Stocker Jr.
Imagens: Elis Regina Berndt e Jorge Luís Stocker Jr.
Informações e imagens referentes a visita feita em 30.08.08.
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Leia também
História da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
O dialeto da nossa região seria o Hunsrich - que fica no Vale do Reno. Belas fotos... ótimo trabalho!
ResponderExcluirSó hoje vim te conhecer! Legal teu blog e é verdade, que há muito, mas muito mesmo pra ver nessas cidadezinhas pequenas e com tanto de lindo pra mostrar...Um abraço e esse teu blog está muito legal.Abrange tudo!Tem coisas em comum com o meu, que fala dos lugares "coloridos" pra nós, da família, cada um tem a ver com alguém... E assim, vamos conhecendo e mostrando nossas recordações... Um abraço e tudo de bom,chica
ResponderExcluirVoltei pra te dizer que , de passagem, resolvi ir até o teu baú de recordações. Quase não conseguii mais sair de lá. Fico imaginando minha mãe, se chegar por perto, quando vier aqui, vou mostrar e me preparar,rsrsrs...Vai ficar futricando horas...Legal! um abraço e outro parabéns!chica
ResponderExcluirótimo registro! Acho a igreja muito bonita por dentro! e vale lembrar que além da arquitetura, a cidade tem belas cascatas!
ResponderExcluirabraço!
Muito Legal!!!
ResponderExcluirUm local desconhecido, que me parece muito interessante...
Este roteiro acaba de entrar para a minha programação de férias.
Baita abraço,
Jr