quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Museu de Pão em Ilópolis (RS) mostra que é possível aliar seriedade e desenvolvimento turístico

Ilópolis tem a desvantagem de ser relativamente distante da Região Metropolitana de Porto Alegre – a viagem a partir de Porto Alegre dura cerca de 3 horas. Como, então, atrair um considerável número de pessoas até lá?
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O Museu do Pão, situado na pequena cidadezinha de Ilópolis, no Vale do Alto Taquari no Rio Grande do Sul, é o primeiro passo para a implantação do “Caminho dos Moinhos” – Rota turística que busca resgatar a memória da imigração italiana através da revitalização dos moinhos da região.
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O turismo cultural em cidades ainda não turísticas normalmente não é levado muito a sério. Temos no Rio Grande do Sul vários exemplos de cidades com um potencial enorme inexplorado - e ainda constantes casos de cidades que destroem seu potencial cultural para dar lugar a uma cidade “genérica” e sem atrativos, ou então à invenção de identidades culturais que não retratam propriamente a realidade histórica. A Associação dos Amigos dos Moinhos demonstrou um perfeito senso de profissionalismo e bom senso neste sentido.
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O Moinho


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O Moinho Colognese localiza-se no centro de Ilópolis. Foi construído em 1920. [Os moinhos tem importância no contexto da imigração italiana no Rio Grande do Sul, pois simbolizam a decisão dos imigrantes italianos de permanecerem no novo mundo, construindo aqui o maquinário para manufaturar sua alimentação.]. A edificação ficou por muitos anos em estado de abandono, porém sempre conservou intacto seu maquinário interno.
A restauração do Moinho fez-se mais do que necessária. Afinal, se trata de um dos poucos exemplares existentes dessa tipologia única no mundo - os moinhos de madeira construídos pelos imigrantes italianos. Torna-se assim um forte atrativo cultural: pela oportunidade de presenciar um moinho em pleno funcionamento, e também pelo
link com a imigração italiana.
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Quando o prédio contemporâneo completa o patrimônio existente
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O Museu do Pão é um exemplo muito feliz de intervenção em área histórica. O prédio é de uma simplicidade e despretenciosidade capazes de torná-lo praticamente “normal” para olhos não acostumados a apreciar arquitetura. É na sutileza dos detalhes do projeto que se encontra seu valor.
O prédio não tira o foco do moinho: antes, o valoriza. Os panos de vidro e os percursos criados dão recursos para que se aprecie o moinho de todos os ângulos possíveis no terreno: coisa que seria improvável sem a existência dos anexos.
O moinho desponta na paisagem de Ilópolis com sua volumetria simples e inconfundível. O Museu do Pão e a Oficina contentam-se em sua posição de coadjuvantes, não com menor importância, mas com a dignidade do novo que respeita o antigo.
São muitas as pecualiridades do projeto, que fizeram com que merecesse destaque nas revistas aU e Projeto e Design no começo do ano.

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Desenho do projeto [escritório Brasil Arquitetura.]
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O uso dos três pilares nada convencionais sustentando a laje superior demonstram uma criatividade bem aplicada, tendo sido usado como referência um pilar de madeira interno do moinho. Esta resolução estrutural é um dos maiores destaques do volume do museu.
Além disso, a textura deixada em todos os fechamentos pela forma de madeira usada para a concretagem, harmoniza perfeitamente com a madeira do moinho. Como bem definiu o arquiteto Álvaro Siza [arquiteto português, autor do projeto da fundação Iberê Camargo em Porto Alegre] quando conheceu o projeto, ele é “uma celebração a madeira”.
O projeto conta ainda com painéis de madeira móveis, que com o tempo deverão adquirir a mesma coloração que o Moinho, tornando-se assim ainda mais harmônica a convivência.
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Outros atrativos culturais históricos de Ilópolis
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O conjunto formado pelo Moinho, Museu do Pão e Oficina de Panificação é completado pela vista do Santuário de São Paulo Apóstolo. O pequeno templo se destaca na cidade, devido a sua posição em um terreno mais alto. Seu interior não deve ser levado a sério como arquitetura histórica por ser intervenção recente, mas é feliz em inspirar o sentimento religioso.
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Existem ainda inteiras três edificações em madeira com lambrequins de madeira, sem a mesma concentração e ambientação original como em Antônio Prado, mas de inegável valor. Duas delas necessitam urgentemente de restauro – talvez com o desenvolvimento turístico do município, essas últimas três edificações possam ser resgatadas, não tendo o mesmo fim de outras que já foram destruídas.
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Texto e fotos: Jorge Luís Stocker Jr.

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Veja também:
-
Vídeo da viagem da ASAEC/NH para Ilópolis (RS)
- Site oficial do Caminho dos Moinhos

- Vídeo sobre o Museu do Pão

8 comentários:

  1. Olá:

    Achei este blog sobre o município bem interessante! Pude ver mais pontos turísticos daí, e aprender mais também...Está em meus planos dar uma passada aí (creio que na época da Turismate seria bom). Até vou 'salvar' a página para vê-la mais vezes...

    Rodrigo Rosa (Porto Alegre).

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  2. Do todo captou a Essência...
    Estas casas são pousadas?
    Faro di San Paolo

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  3. Eu visitei o Museu do Pão e achei um museu de primeiro mundo. Parabéns.

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  4. É um orgulho para nossa região ter projetos como este. Parece cenário de filme.
    Luciano

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  5. que casas maravilhosas!!!!
    eu vi uma matéria no globo repórter e cai na net pra encontrar informações do lugar.
    quero conhecer
    Luis Carlos

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  6. Já fui 2 vezes, muito muito importante.
    Um exemplo fantástico a ser seguido.
    Uma aula de arquitetura,preservação histórica e bom senso, prova material que é possível.
    É de destacar o sistema de ventilação e iluminação natural da escola de panificação.
    Quantos "professores"?? de engenharia e arquitetura será que levaram seus alunos a visitar esta joia. Garanto que poucos.

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  7. http://www.youtube.com/watch?v=YBKwcBtP7SM&feature=youtu.be

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  8. http://www.youtube.com/watch?v=YBKwcBtP7SM&feature=youtu.be

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