foto: Sergio Alexandre Korndorfer / Wikimedia
O debate sobre a possível transferência do Laçador, fomentada nas últimas semanas pelo jornal Zero Hora, Sinduscon e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, dá a entender que o monumento é apenas um troféu a ser realocado onde parecer mais bonito ou conveniente. A cidade, neste contexto, é uma prateleira isenta de complexidades e relações sociais.
Pouco se aborda os valores simbólicos da escultura e sua relação com o espaço urbano. Órgãos responsáveis por intermediar estas decisões - visto que se trata de bem tombado - não são sequer chamados para manifestar sua posição os esclarecer critérios e procedimentos.
Também se reduz a perspectiva de participação da sociedade a enquetes intermediadas pelo mesmo veículo. Não existe participação sem informação!
Privar o debate público da intermediação por critérios técnicos, conceituais e legais é reduzir o monumento - símbolo da cidade - a uma mera peça publicitária.
Amigo, descobri este espaço e o achei maravilhoso. Quem não preserva a sua história, repete-a - disseram. Sou catarinense e formei-me em engenharia em Porto Alegre e 1970 e lembro-me que a estatua do laçador, cujo modelo foi Paixão Côrtes, já foi transferida de outro lugar para perto do aeroporto para mais visibilidade e agora querem transferi-la de novo. É! Faz sentido! O laçador tem que se movimentar no campo; melhor seria por ele sobre uma cavalgadura e colocá-lo aos trotes. Muito cultural, o teu espaço. Parabéns! Laerte.
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